Quando se aborda a questão da imagem, o primeiro passo remete quase sempre para uma instância de realidade. O segundo, para as suas implicações. O terceiro, para tudo quanto de individual se possa adicionar ao “quadro”… Bem, talvez não, mas é deste modo que me é dado percorrer o tema. De uma forma próxima a Panofsky nas suas bases de interpretação inconográfico-iconológica, os níveis são úteis porque permitem construir um modelo através do qual alicerçar o restante da apreciação. Que – e a haver “justiça” – se deve entender única e imediata, como uma explosão em que as ondas de choque se vão fazendo sentir, uma após outra mas sempre em momento posterior ao do primeiro e inicial impacto, esse sim, total.
Não é tão interessante analisar o que É uma imagem como o que ESTÁ numa imagem. Os pólos são diversos. Um mais teórico e um outro bastante mais sensorial. Nos nossos tempos, corre o segundo com mais proveito, já que a legendagem da individualidade traduz com certa acuidade os escombros de referências demasiado pessoais para serem incluídas numa tipicidade, qualquer que ela seja. Por outro lado, a ausência de correntes generalistas conduz à assunção de toda uma geração de EU`s que se fazem ouvir porque lhes é concedido o momento e o palco.
Até aqui nada de mal. A participação de cada, com suas próprias e específicas conotações permite que o que outrora foi um puzzle, se faça muitos. Ao fim e ao cabo, a multiplicidade é um género em si e o século XXI assume-o perfeitamente. O que pode trazer outras complicações é a sensação de desprezo pelo movimento mais amplo que se conforma com a utilização de certos atributos ou instrumentos que, comuns a muitos autores/criadores/comentadores, deveria aceitar as contribuições e os desenvolvimentos que são realizados (frequentemente) em simultâneo. E aqui, ou se apoda de modas tudo quanto tem semelhanças, ou se verifica que os factores discursivos são paralelos porque ocorrem num momento em que a construção sistémica social releva esses factores mais do quaisquer outros.
Voltando à imagem, disse-se que defini-la é muita menos interessante que comentá-la. Talvez porque não passe pelos meandros actuais da estatuição (que apesar de tudo, existe), formalizar os meios que conduzem à narratividade. Dão-se nomes e categorias, sim, contudo não é aceitável que se forneçam demasiadas entradas numa taxonomia que se deseja ultrapassada. Ora, a ser assim, estamos a cometer o grave prejuízo de entender a imagem como imagem, aceitando que todas as imagens sejam similares mas sem desejar dar corpo teórico ao que faz da imagem a imagem. Em última instância criam-se menos designações, mais amplas mas menos ricas em matizes. O espaço do indivíduo, se é assumido como seu, deveria compreender uma plataforma igualmente capaz de o ajustar, não um núcleo generalista de vocábulos que ao mesmo tempo que o protegem da padronização grupal, o “perdem” num conjunto demasiadamente alargado para que seja quase impossível desenvolver-se por si só, sem recurso aos princípios de outros que conseguem alcançar lugar cimeiro (mais visível) nessa alargada plataforma, Hoje global.
Não é tão interessante analisar o que É uma imagem como o que ESTÁ numa imagem. Os pólos são diversos. Um mais teórico e um outro bastante mais sensorial. Nos nossos tempos, corre o segundo com mais proveito, já que a legendagem da individualidade traduz com certa acuidade os escombros de referências demasiado pessoais para serem incluídas numa tipicidade, qualquer que ela seja. Por outro lado, a ausência de correntes generalistas conduz à assunção de toda uma geração de EU`s que se fazem ouvir porque lhes é concedido o momento e o palco.
Até aqui nada de mal. A participação de cada, com suas próprias e específicas conotações permite que o que outrora foi um puzzle, se faça muitos. Ao fim e ao cabo, a multiplicidade é um género em si e o século XXI assume-o perfeitamente. O que pode trazer outras complicações é a sensação de desprezo pelo movimento mais amplo que se conforma com a utilização de certos atributos ou instrumentos que, comuns a muitos autores/criadores/comentadores, deveria aceitar as contribuições e os desenvolvimentos que são realizados (frequentemente) em simultâneo. E aqui, ou se apoda de modas tudo quanto tem semelhanças, ou se verifica que os factores discursivos são paralelos porque ocorrem num momento em que a construção sistémica social releva esses factores mais do quaisquer outros.
Voltando à imagem, disse-se que defini-la é muita menos interessante que comentá-la. Talvez porque não passe pelos meandros actuais da estatuição (que apesar de tudo, existe), formalizar os meios que conduzem à narratividade. Dão-se nomes e categorias, sim, contudo não é aceitável que se forneçam demasiadas entradas numa taxonomia que se deseja ultrapassada. Ora, a ser assim, estamos a cometer o grave prejuízo de entender a imagem como imagem, aceitando que todas as imagens sejam similares mas sem desejar dar corpo teórico ao que faz da imagem a imagem. Em última instância criam-se menos designações, mais amplas mas menos ricas em matizes. O espaço do indivíduo, se é assumido como seu, deveria compreender uma plataforma igualmente capaz de o ajustar, não um núcleo generalista de vocábulos que ao mesmo tempo que o protegem da padronização grupal, o “perdem” num conjunto demasiadamente alargado para que seja quase impossível desenvolver-se por si só, sem recurso aos princípios de outros que conseguem alcançar lugar cimeiro (mais visível) nessa alargada plataforma, Hoje global.